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Morre terceira vítima de envenenamento em Parnaíba, litoral do Piauí

Laudo aponta que arroz, consumido pela família, estava contaminado com substância Terbufos

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Faleceu, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Lauane de apenas 03 anos de idade, a terceira vítima do envenenamento ocorrido em Parnaíba, litoral do Piauí. Outras duas pessoas morreram: um jovem de 18 anos e uma criança de 1 ano e 8 meses. Mais seis pessoas também foram internadas. 

Foto: Reprodução/ TV GloboMorre terceira vítima de envenenamento em Parnaíba, litoral do Piauí
Morre terceira vítima de envenenamento em Parnaíba, litoral do Piauí

O arroz, que foi consumido pela família, estava contaminado com substância Terbufos, apontou laudo pericial.  Ao passarem mal, as vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda). O diretor técnico da unidade, Carlos Teixeira, confirmou que um dos mortos tinha apenas 1 ano e 8 meses.

“O Heda lamenta profundamente o falecimento de I.D. S., de apenas 1 ano e 8 meses, que deu entrada sob os cuidados do hospital nesta quarta-feira. Expressamos nossas mais sinceras condolências à família neste momento de imensa dor”, afirmou.

Um homem de 18 anos morreu ainda na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Na tarde desta sexta-feira (3), o Hospital Nossa Senhora de Fátima, anexo do Heda, informou que duas crianças, de 3 e 4 anos, precisam ser transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina, com o suporte do serviço aéreo do Samu, ainda nesta sexta-feira. Sendo que Lauane faleceu na madrugada de hoje. 

“As operações de transporte aéreo serão realizadas em dois voos, com duração aproximada de 1h15 cada”, detalhou o diretor técnico do Heda, Carlos Teixeira.

Envenenamento

O envenenamento teria acontecido na quarta-feira (1º). “Policiais civis estiveram no local e foram apreendidos alimentos ingeridos pela família, que estão sendo analisados por peritos para conclusão de laudos”, diz nota da Polícia Civil.

Entre os alimentos recolhidos para exame toxicológico estão um baião de dois – prático típico nordestino feito com arroz e feijão pela própria família - e peixes que eles tinham recebido como doação no dia 31.

“Esse peixe foi doado também para várias outras pessoas, somente a família que passou mal”, afirmou o delegado Abimael Silva à Agência Brasil.

O delegado confirmou que o casal que fez a doação foi ouvido pela polícia. Após a confirmação de contaminação no arroz, eles foram descartados de suspeitas. 

“Eles doaram alimento para várias famílias, não só para a família que teve a intoxicação. Eles disseram que fazem esse trabalho há mais de cinco anos e nunca tinha havido problema com ninguém. Os peixes que eles doaram, doaram para várias outras pessoas”, relatou o delegado.

O delegado Abimael confirmou ainda que essa mesma família teve o caso de duas crianças mortas por envenenamento em agosto de 2024, após terem consumido cajus envenenados.

“A princípio, não estamos relacionando [o caso atual] com o envenenamento de agosto de 2024, até porque a gente precisa da confirmação dos laudos. Depois que tiverem os laudos, a gente vai poder trabalhar em cima dessas hipóteses”, explicou Abimael Silva.

A suspeita de ter entregue os cajus contaminados no ano passado está presa, segundo o delegado.

O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado caso haja necessidade.

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