DRACO deflagra nova operação contra mulheres ligadas a facções criminosas
Foram cumpridos 74 mandados judiciais, sendo 29 de prisão temporária e 45 de busca e apreensão
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí, em mais uma ação do Pacto pela Ordem, por meio da Polícia Civil do Piauí, através do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), e da Polícia Militar, deflagrou, na manhã desta terça-feira (16), a Operação Sintonia Feminina, mais uma ofensiva estratégica no enfrentamento ao crime organizado. A operação teve como alvo 29 pessoas, sendo 28 mulheres diretamente envolvidas com atividades de uma facção criminosa.

As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de L. V. de S., conhecida como “Malévola”, ocorrida em 6 de fevereiro de 2024, na zona Sudeste de Teresina. Na ocasião, ela foi flagrada com entorpecentes, um veículo roubado e vasto material de interesse criminal. A análise detalhada desse conteúdo revelou a existência de uma estrutura criminosa composta por mulheres, com funções bem definidas e atuação coordenada.
Durante as diligências, a Polícia Civil identificou que uma das principais lideranças femininas da organização era companheira de Marcelo Aparecido Brandão, o “Visionário”, criminoso de alta periculosidade, preso anteriormente durante a Operação Draco-117, no município de São Raimundo Nonato. A conexão reforça os vínculos operacionais entre lideranças da facção em atuação no estado.
Foram cumpridos 74 mandados judiciais, sendo 29 de prisão temporária e 45 de busca e apreensão, nas cidades de Teresina, Parnaíba, Luís Correia, Oeiras, Picos, Canto do Buriti, Monsenhor Gil, Altos e Campo Maior.
Entre os crimes investigados estão:
• Organização criminosa (Lei 12.850/2013);
• Tráfico de drogas;
• Roubo e receptação de veículos;
• Porte ilegal de arma de fogo;
• Tentativa de homicídio.
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, a operação chama atenção para o crescente envolvimento de mulheres no crime organizado, muitas exercendo funções de comando, disciplina, logística e comunicação. “Esse fenômeno, já identificado em outras investigações do DRACO, exige respostas qualificadas por parte das forças de segurança”, pontuou.
A operação contou com o apoio da Diretoria de Polícia Especializada, Diretoria de Polícia Metropolitana, Diretoria de Polícia do Interior, Inteligência da SSP, Inteligência da Polícia Civil, Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), CANIL, Polícia Militar (BOPE, BEPI, BOPAER), Guarda Civil Municipal e diversas unidades da Polícia Civil, atuando de forma integrada para o pleno êxito da ação.