Piauí reforça ações para monitorar e melhorar a qualidade do ar em Teresina
Os relatórios mais recentes classificam a qualidade do ar
O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), vem ampliando esforços para monitorar e mitigar os efeitos da poluição atmosférica, em Teresina, em consonância com as diretrizes nacionais e internacionais de redução de emissões.
Atualmente, a população pode acompanhar os dados sobre a qualidade do ar por meio de plataformas internacionais de monitoramento, como IQAir e Weather.com, além de análises técnicas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).

Os relatórios, mais recentes, classificam a qualidade do ar em Teresina como moderada – considerada aceitável para a maioria da população, mas que pode representar riscos para grupos mais sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Entre os principais poluentes monitorados estão o material particulado (PM₂.₅ e PM₁₀), ozônio (O₃), óxidos de nitrogênio (NO₂), monóxido de carbono (CO) e dióxido de enxofre (SO₂), todos relacionados às atividades humanas, como tráfego de veículos e processos industriais, e também às condições climáticas extremas.
Segundo o gerente de mudanças climáticas da Semarh, Daniel Marçal, o monitoramento é um passo essencial para orientar políticas públicas. “Ao identificar as principais fontes de poluição e os padrões de concentração desses poluentes, conseguimos adotar medidas mais eficazes de mitigação e adaptação climática, voltadas para redução de emissões de gases poluentes e para minimizar os impactos decorrentes dessas emissões. Nosso objetivo é reduzir riscos à saúde da população e preparar Teresina para enfrentar os desafios impostos pelo aquecimento global”, destacou.
Nos últimos anos, a Semarh avançou com iniciativas estratégicas, como a elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), programas de arborização urbana, prevenção e combate a incêndios florestais e ações voltadas à conformidade climática. Além disso, recentemente o Piauí contribuiu com o envio de informações ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) para o formulário nacional de monitoramento da qualidade do ar, cujos dados servirão de base para o Relatório Anual de Acompanhamento da Qualidade do Ar no Brasil (2024/2025), em conformidade com a Resolução nº 506/2024 do Conama.
Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Feliphe Araújo, o trabalho tem caráter estratégico e reafirma o compromisso do Piauí com a saúde da população. “Cuidar da qualidade do ar significa cuidar da vida. O esforço que temos feito, tanto no monitoramento quanto na execução de políticas públicas, é para assegurar que Teresina e o Piauí estejam preparados para os efeitos das mudanças climáticas. É um trabalho que exige planejamento, ciência e, sobretudo, compromisso com as futuras gerações”, ressaltou.